Diário de gravidez II - das diferenças

Foto por Elias
Eu perdi as contas de com quantas semanas de gravidez eu estava. E sempre que alguém me perguntava eu dava um valor aproximado. Mas hoje de manhã resolvi procurar o documento da ultrassom pra refazer os cálculos e me surpreendi ao ver que estou com quase 20 semanas de gestação. A surpresa foi ainda maior ao ir ler pra relembrar em que estágio exato o bebê provavelmente está e perceber que ele deve estar com "cerca de 17 centímetros, do alto da cabeça até o bumbum, sem contar as pernas, que costumam ficar bem flexionadas". Que grandão! Ah, então é por isso que ando tão cansada e sinto o estômago sempre pressionado. Tá explicado. É mesmo... tô grávida!

Lembro que quando estava grávida de Elias eu lia praticamente todos os dias sobre o desenvolvimento do bebê e sabia falar com precisão a idade gestacional "19 semanas e 4 dias". Lembro que tinha a impressão de estar com a barriga gigante e tirava fotos quase todos os dias, além de me pesar duas vezes por dia (sim, eu tinha tempo pra isso). Agora estou só pensando: "ah, essa barriga ainda vai crescer muito, meus pés ainda vão inchar, meu rosto ainda vai dobrar de tamanho". É realmente impressionante a diferença de experiência. As duas muito interessantes, mas completamente diferentes.

Grávida de Elias, eu enjoava muito, mas me recusava a tomar algum remédio (exceto algumas vezes em que a necessidade era grande). Lembro de vomitar uma noite e o marido limpar de madrugada o banheiro, porque, claro, eu entrei vomitando com muita classe, parencendo um liquidificador sem tampa. Lembro de enjoar no meio de uma aula, de vomitar na casa de um aluno. Tive muita azia também. Essas eram minhas piores lembranças e com muito medo de repetir essas cenas de terror a primeira coisa que comprei quando o teste deu positivo foi uma caixa de dramin e me servi a cada vez que percebi que estava começando a enjoar. Resultado: 0 episódio vexatório envolvendo suco gástrico e resto de comida. Minha primeira compra na gravidez de Elias tinha sido um livro de mais de 300 páginas. Mesmo o momento de fazer o teste e anunciar às pessoas revela a diferença de experiência. Na primeira vez, o teste foi feito no meio da madrugada no segundo dia de atraso, enquanto que na segunda, fiz de manhã no meio da viagem pra Recife depois de algumas semanas de atraso. 

2014 viu muitas postagens sobre o desenvolvimento de Elias, fotos da gravidez, etc. Enquanto que 2016 tem sido um ano cheio e ocupado demais pra eu ter tempo de registrar tudo. Ter um filho já precisando de cuidados, exigindo atenção, muda tudo e ele é sem dúvida a prioridade ainda. E isso me faz pensar em como ser o segundo filho faz com que as crianças precisem fazer mais pra chamar atenção. Elias está há mais de 3 anos (desde antes mesmo virar um embrião) sendo o centro das minhas atenções, enquanto que o próximo já chega no mundo tendo que dividir tudo com ele. Só passei a realmente me sentir grávida quando ele começou a mexer. E ele mexe bastante na barriga. Lembro que Elias mexia muito já, mas tenho a ligeira impressão que esse serzinho mexe mais e minha afeição por ele cresceu muito desde que ele passou a me lembrar da presença dele com esses chutinhos. 

Ando também bem menos ansiosa com tudo. Não estou com pressa pra chegar a próxima consulta, nem pra saber o sexo, nem pra parir. Na verdade, eu não tenho pressa nenhuma e (talvez por isso mesmo) sinto que essa gestação está passando bem mais rápido. Imagino que muita coisa na educação acabará sendo diferente também. A aventura continua! Não tem como se entediar.

Lá vai foto da barriguinha, que esta está igualzinha à primeira considerando a mesma época de gestação (eu acho):

Gravidez 2
Gravidez 1




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